sábado, 30 de junho de 2012

Um pouco mais de Sinhô!



Você acabou de ler a 9ª edição da Travessa em Três Tempos - TUDO ACABA EM SAMBA - e ficou doidinho para saber mais sobre o querido Rei do Samba, Sinhô?!

Não tem problema! Nós separamos para você um interessantíssimo documentário produzido pela TV Brasil.

Segue a descrição do programa: 

José Barbosa da Silva, o Sinhô, é um dos mais talentosos compositores da primeira fase do samba carioca - o começo do século XX. Não perdia festa na casa da baiana Tia Ciata, onde encontrava outros bambas como Pixinguinha e Donga, com quem brigou por causa da autoria de "Pelo Telefone", o primeiro samba gravado da história. Controvertido, acusado muitas vezes de plágio, foi também pioneiro na luta pelos direitos autoriais. Malandro, amigo de intelectuais e artistas da elite carioca, fez a ponte entre a cultura do morro e a dos salões. Participam do programa o biógrafo André Gardel e os músicos Clara Sandroni, Marcos Sacramento, Teresa Cristina, Zeca pagodinho e Luiz Henrique


De cá pra lá - Sinhô


Primeira parte:


Segunda parte:



Divirta-se!

domingo, 24 de junho de 2012

Tudo acaba em samba

"O Sinhô dos mais deliciosos sambas cariocas, era um desses homens que ainda morrendo da morte mais natural deste mundo dão a todos a impressão de que morreram de acidente."

Foi assim que falou o compadre Manuel Bandeira,  mas   o que será que aconteceu? Como é que foi o enterro daquele que foi chamado Rei do Samba?

Ele morreu de morte morrida mesmo?

Você pode jurar? 

- Juro, sim sinhô! Ele morreu.
- Não posso acreditar. Mas ocê jura mesmo? Jura pelo senhor?
- Oh compadre Ernesto, ocê acha que eu ia brincar com um negócio desse?! Juro até pela imagem da santa cruz do redentor!"



Se você não pode jurar de coração o que foi que aconteceu no enterro do Sinhô, ou se você não sabe quem é o Sinhô e quer descobrir, faça o download da 9a edição da Revista Travessa em Três Tempos e divirta-se.

Você pode fazer o download nas versões:

pdf - 4shared, ou pelo mediafire.
epub - mediafire
mobi - mediafire

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Edital de chamada de textos - 12a edição



A Revista Literária Travessa em Três Tempos está abrindo edital para chamada de textos para sua décima segunda edição que terá como tema principal o papel normatizador da imprensa nas décadas de 20 e 30.

Confira a seguir nosso documento base:



O papel normatizador da imprensa nas décadas de 20 e 30

“Analisando diversos jornais que circulavam em Florianópolis, entre as décadas de 1920 e 1940, encontra-se sem dificuldades artigos ou notas que ilustram perfeitamente o papel normatizador da imprensa entre as populações. Como exemplo disto, em 14 de fevereiro de 1920, o Jornal O Estado publicava uma nota contra algumas prostitutas que residiam na rua Anita Garibaldi (região central de Florianópolis), “sugerindo” às autoridades que se procedessem as suas remoções. Em diversas edições de janeiro 1931, o jornal O Estado denunciava também o “falso profeta” de um culto espírita que resultou em processo criminal. Notas sobre comportamento, indumentária e notas policiais delatando a “vadiagem” e a “desordem”, entre outras, eram comuns, servindo principalmente como alertas à população, para que correspondessem às expectativas das normativas vigentes, estabelecidas pelo governo nacionalista. Passados oito anos, o mesmo jornal publicou, em 2 de dezembro de 1939 uma nota cujo título era “O inconveniente de andar sem chapéo”, onde o maior problema, segundo a notícia, não era o perigo de pegar alguma insolação ou doenças causadas por excesso de sol ou chuva, mas sim a “sociabilidade, ou antes, a boa educação”, já que o chapéu era acessório usado para cumprimentar respeitosamente outros cavalheiros e senhoras, assim como também indicar sinal de respeito em eventos de cunho religioso.” 

O inconveniente de andar sem chapéo

ANDRÉ Lavadan, numa das suas saborosas crônicas, da secção “A moda” no “Petit Parisien” fala sobre o maior dos inconvenientes da moda masculina de andar sem chapéo. Não se trata do perigo de insolação ou de constipação, por causa das ardências do sol ou das cardas d’água.
Os que andam de cabeça ao léu, em geral, sofrem os assaltos das intempréries sem maiores inconvenientes para a preciosa saúde. O caso é outro. É que, para as pessoas “deschapeladas” só há dois tipos de cumprimento – um aceno de mão aos amigos, e para “os outros” uma simples inclinação de cabeça. E “os outros” pódem ser moças, senhoras respeitáveis, cavalheiros de idade e consideração, personalidades de categoria, enfim toda uma porção de pessoas, pertencentes às mais variadas classes, e para as quais há dezenas de maneiras de tira o chapéo, isto é, de cumprimentar.
“O abandono do chapéo priva-nos da técnica do cumprimento, pela qual se reconhecia, e ainda hoje se reconhece, ‘a origem e a raça dos homens distintos’. Isto quer dizer que: deixando-se o chapéo em casa, deixa-se em casa, também, o culto das boas maneiras”.
O estado – 02 de dezembro de 1939


Queixas e reclamações

Moradores à rua Curitibanos queixam se contra um grupo de notívagos que naquella via publica perturbam o sossêgo das famílias ali residentes, fazendo serenatas ao som de violões. Para o facto chamamos a attenção da policia civil.
________
Pedem-nos chamemos a attenção da policia para o facto de, á noite, reunirem-se á entrada da travessa Loureiro um bloco de desoccupados, proferindo toda a sorte de palavras indecentes e perturbando a tranquillidade das familias residentes nas immediações.
O estado – 15 de outubro de 1932


A rua Annita Garibaldi

Dos moradores da rua Annita Garibaldi recebemos constantes reclamações sobre o procedimento incorrecto e offensivo a moral publica, de mulheres da vida alegre que por ahi residem.
Ainda hontem os moradores da casa n. 16 da referida rua se viram na dura contíngencia de recorrer as nossas autoridades policiaes solicitando uma providencia que ponha cobro ás estravagancias e attitudes “bellicosas” das taes “marrequinhas”.
O que, porém, é fora de duvida é que a rua Anitta Garibaldi, hoje transformada numa das nossas principaes vias publicas, já não se presta para morada de gente de tal profissão.
Bom seria, por isso que as nossas autoridades policiaes decidissem a remoção dessas mulheres para outra rua menos transitada.
O estado – 14 de fevereiro de 1920

Recortes e texto retirados da da dissertação de mestrado de Lisandra Barbosa Macedo:

MACEDO, L.B. Ginga, Catarina: Manifestações do Samba em Florianópolis na década de 1930. Florianópolis, 2011. Dissertação de Mestrado. (História do Tempo Presente) Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Disponível em: http://www.tede.udesc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2636

Achou o documento interessante? Você tem até o dia 30 de agosto para inventar uma criativa história relacionada a esse documento e enviar para o nosso e-mail.


Confira o edital completo no 4shared ou no mediafire, também confira nossas normas de edição.


Em caso de dúvidas entrar em contato com a comissão editorial da Revista Travessa em Três Tempos pelo e-mail: revistatravessa@gmail.com