Eis que aqui chegamos, depois de tanto, depois de tudo. Olhamos nos álbuns de fotografia e, de repente: quem sou eu?
Venho apresentar-me, mas não porque eu queira. Mostrar-me escondida por um pseudônimo é cômodo. É paradoxal. Acima de tudo, é misterioso. Quem não conhece as façanhas já feitas por escritores e compositores que se mostravam por pseudônimos? É um misto de tempos após contratempos, fazendo com que o momento fosse propício à medida que a história se desenrolava.
Histórias boas ou ruins, bem ou mal escritas, dramáticas ou hilárias, sobretudo, despretensiosas são as que me formam. Hoje, sou uma; amanhã, mantenho a essência; depois, já serei outra. Nem frágil que desmonte, nem forte demais que não se adapte.
Desse jeito me mostro: querendo ser exatamente como sou, para ser levada além. Vinda não se sabe de onde, indo para um destino incomum. No trajeto, lágrimas; de felicidade e de tristeza, que se completam. Pedras no caminho foram vistas, logo após, retiradas. E apoderando-me delas, venho fazendo minha rua ladrilhada.
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